O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançaram recentemente o Plano Nacional de IoT(Internet das Coisas, na sigla em inglês).
O documento pretende guiar políticas públicas e ações da área entre 2018 e 2022 em quatro vertentes prioritárias:
- cidades,
- saúde,
- agronegócio, e
- indústria.
O objetivo é melhorar a qualidade de vida da população e estimular o desenvolvimento sustentável por meio da tecnologia.
De fato, a IoT é um fenômeno que já impacta diversos setores da sociedade e, em um futuro não tão longínquo, deve impactar ainda mais.
Estudo da software.org, entidade ligada à BSA – Software Alliance, organização global representante de fabricantes de softwares, estima que até 2020 mais de 50 bilhões de dispositivos no mundo, entre televisores, relógios e eletrodomésticos, estarão conectados entre si.
Num recorte nacional, o impacto econômico da IoT no nosso país tem potencial para alcançar US$ 200 bilhões, anualmente, até 2025, de acordo com dados de estudo encomendado pelo BNDES ao CPqD.
Dessa forma, em termos práticos, o Plano Nacional de IoT vem incentivar novos talentos e negócios nesse ecossistema digital que podem levar à ampliação da competitividade nacional frente a outros países, mudando o dia a dia de empresas e pessoas.
Qualidade de vida
O estudo da software.org traz evidências importantes de como a IoT consegue amenizar ou mesmo resolver problemas comuns a cidades de diversos países, inclusive o Brasil, proporcionando mais qualidade de vida à população.
Alguns exemplos:
- uma gestão conectada do tráfego pode fazer o trânsito fluir entre 5% e 25% melhor;
- sensores de segurança pública e novos modelos de monitoramento residencial podem diminuir as taxas de crimes em 20%;
- a ampla adoção da internet das coisas pode fazer a emissão de gases de efeito estufa cair em 19%, o consumo de energia nas residências em 10% e o consumo das fábricas em até 30%;
- por fim, os custos com tratamentos contra doenças crônicas têm potencial de queda de até 50%.
Esses e outros exemplos fazem parte de experimentos já empregados em cidades inteligentes e devem significar um impacto de US$ 11,1 trilhões na economia até 2025, aponta o estudo da software.org.
Sob a perspectiva desses exemplos, fica claro perceber que o Plano Nacional de IoT configura um passo importante para a criação de um ambiente mais propício ao desenvolvimento de soluções inovadoras no Brasil.
O plano é resultado de um processo longo, que incluiu a elaboração de diagnósticos e a seleção de temas prioritários, com a participação de diversos agentes da sociedade, dentre eles a BSA.
A abertura para diálogo e a vontade de escutar diferentes setores do mercado trouxe uma pluralidade para o plano, que reflete as necessidades do país.
Fonte: Inova
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